sexta-feira, 17 de junho de 2011

ser criança

e me deixe ser criança as vezes
e chorar por nada
e não ver ninguem
só ficar no meu quarto escuro

só porque não vivo sua vida
não diga que a minha é melhor
provavelmente isso não existe ainda
só me deixe ser criança

e chorar de mansinho por tudo
por tudo que fiz
que não fiz
e que fizeram comigo

só me deixe ter medo
sem saber definir do que
e perder a pose de vez em quando
só me deixe ser criança
e chorar por nada...

quarta-feira, 4 de maio de 2011

um pequeno choque de realidade


Fui a BH alguns dias atrás. E como sempre morei em cidade pequena e não conhecia a capital varias coisas me impressionaram. 
Bom, passamos pela lagoa da Panpulha e ficamos na Assembléia Legislativa Mineira. E posso dizer que é uma parte muito bonita da cidade. Mas o que mais me chamou a atenção não foram aqueles prédios enormes, ou o tamanho da cidade, nem nada daquilo que supunham meus colegas de trabalho que moram em cidades grandes.
A imagem que ficou mais nitidamente marcada na minha cabeça não foi nada agradável e para ela ninguém lembrou de me chamar a atenção. Quando já estávamos pegando a estrada, num dos últimos semáforos, a van parou no sinal vermelho e lá estava uma figura típica para qualquer pessoa que viva numa cidade grande, mas não para mim. Um garoto de uns onze anos de idade fazendo malabarismo e pedindo dinheiro aos motoristas. Vocês podem se perguntar porque o espanto, uma vez que mesmo no interior vemos esse tipo de coisa, e estão certos. De uma maneira ou de outra já presenciei varias cenas de pobreza, já pessoas pedindo esmolas e, mesmo que nunca tivesse visto de perto, vemos isso o tempo todo na mídia. É um problema conhecido da maioria das pessoas, afinal.
Mas aquilo me tocou, é muito diferente assistir na TV e ver de verdade. Acho que até eu estar tão perto do problema ele não existia exatamente para mim, não fazia parte do meu mundo e sim de outro que eu acreditava que não chegaria a conhecer. Só que estava ali  e eu tive a péssima sensação de que aquilo era "normal", em alguma medida para aquelas pessoas que estavam comigo. 
Então fiquei pensando, se uma dia eu tiver que ver isso todo dia, será que eu também vou achar normal? Será que vou conseguir me acostumar? E o que eu devo fazer?
Estando sentada aqui, numa mesa na biblioteca e cercada de parte da "elite cultural" do nosso país, me sinto uma grande idiota e não consigo pensar no que fazer por aquele menino e todos os outros que vem com ele. Fico na mesma posição que fiquei quando o vi a primeira vez: paralisada. Posso pensar em varias coisas a fazer, sem conseguir, no entanto, pensar em nada realmente eficiente. Para isso teria que saber quem são os garotos que fazem isso, por que fazem, de onde vem, e mil outras coisas a respeito dessa realidade, tanto que  levaria anos estudando, para enfim ter base para propor alguma coisa. Vejam, quando eu chegasse a ter capacidade para formular uma proposta, o menino que vi já seria um homem, sendo otimista. E até que a minha proposta fosse analisada e implantada, o filho daquele menino já seria pai...
O único motivo que me leva acreditar que existe uma solução para isso tudo é que vários profissionais já se preocupam com isso, adiantando todo aquele processo que citei. Por outro lado, porém, não gosto de pensar em até quando vai isso, em mais quantos meninos vão perder suas vidas todas nos sinais, sem grandes perspectivas...
Tomara que um dia um extraterrestre venha de seu distante planeta e nos mostre um caminho, até nos viramos com os valorosos esforços que temos por aqui.

Por Rosa M.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Do começo

olá galera

o blog está em construção, por isso não reparem se não aparecer nada novo por um tempo...
uma hora, eu garanto, melhora.
vou esplicar depois e com o tempo vai ficar mais claro, mas a minha intenção aqui é escrever sobre tudo que me interessa. Talvez desperte o interesse de mais alguem. Espero que sim.
se alguem passar por aqui, peço que não desista de mim tão rápido pelo reduzido numero de postagens...
trabalharei para que elas sejam de qualidade!
até uma proxima
Rosa M.